Introdução
O mercado de criptomoedas deixou de ser um ambiente restrito a especialistas em tecnologia e hoje já faz parte da vida de milhões de brasileiros. Bitcoin, Ethereum, Solana e tantas outras moedas digitais se consolidaram como ativos de investimento.
Com esse crescimento, também veio uma obrigação importante: declarar criptomoedas no Imposto de Renda. Em 2025, a Receita Federal está ainda mais atenta aos investidores do setor, exigindo transparência total nas operações.
Neste guia completo, você vai aprender quem precisa declarar, como fazer, quais os erros mais comuns e como se manter em conformidade com a lei.
1. Criptomoedas e a Receita Federal
Desde 2019, a Receita Federal determinou que transações com criptomoedas devem ser informadas. O objetivo é combater a sonegação e garantir que os investidores paguem corretamente os tributos sobre ganhos de capital.
Em 2025, o sistema está ainda mais integrado, com corretoras nacionais enviando relatórios mensais à Receita sobre as operações de seus clientes.
📌 Isso significa que se você comprou, vendeu ou manteve criptoativos em 2024, é praticamente impossível a Receita não saber.
2. Quem precisa declarar criptomoedas em 2025?
Nem todo investidor é obrigado a pagar imposto, mas todos devem declarar se tiverem:
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Criptoativos acima de R$ 5.000,00 em 31/12/2024.
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Ganhos superiores a R$ 35.000,00 mensais com vendas de criptomoedas.
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Qualquer lucro obtido em transações com criptos (mesmo que abaixo de R$ 35 mil no mês), se sujeito à tributação.
3. Como funciona a tributação de criptomoedas?
O imposto sobre criptomoedas no Brasil segue a mesma lógica de outros ganhos de capital:
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Até R$ 35 mil vendidos por mês: isento de imposto.
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Acima de R$ 35 mil mensais: paga-se imposto sobre o lucro.
As alíquotas progressivas são:
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15% para ganhos até R$ 5 milhões;
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17,5% para ganhos entre R$ 5 e 10 milhões;
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20% para ganhos entre R$ 10 e 30 milhões;
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22,5% para ganhos acima de R$ 30 milhões.
4. Passo a passo para declarar no IR 2025
Declarar criptomoedas pode parecer complicado, mas o processo é bem simples. Veja:
4.1. Informe os bens e direitos
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Abra o programa da Receita Federal para o IR 2025.
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Vá até a aba “Bens e Direitos”.
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Selecione o grupo “08 – Criptoativos”.
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Informe a categoria correta (Bitcoin, altcoins, stablecoins, NFTs, etc.).
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Coloque o valor de aquisição em reais, não o valor de mercado atual.
4.2. Declare as operações
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Se você vendeu acima de R$ 35 mil/mês, deve usar o programa GCAP para calcular o imposto devido.
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Depois, importe os dados para o IRPF.
4.3. Informe rendimentos
Se você obteve rendimentos de staking, mineração ou juros em plataformas de DeFi, eles devem ser declarados como “Rendimentos Tributáveis”.
5. Erros mais comuns e como evitá-los
Muitos investidores acabam caindo em erros que podem gerar multas. Entre eles:
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Declarar o valor de mercado em vez do valor de compra.
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Esquecer de informar operações em exchanges internacionais.
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Não declarar stablecoins achando que “não são criptomoedas”.
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Deixar de informar ganhos obtidos com staking e farming.
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Não pagar DARF dentro do prazo após ganhos tributáveis.
6. Multas e riscos de não declarar
Quem não declara corretamente pode enfrentar sérias consequências:
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Multa de até 150% sobre o valor devido.
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Cobrança retroativa com juros.
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Possibilidade de cair na malha fina e ter o CPF bloqueado.
Em casos graves, pode até haver acusação de crime de sonegação fiscal.
7. Ferramentas que ajudam a declarar
Com o aumento da complexidade, surgiram ferramentas que ajudam investidores a calcular e declarar seus impostos. Algumas opções incluem:
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CoinTracking
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TaxBit
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Koinly
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Blox
Esses softwares integram suas carteiras e exchanges, gerando relatórios automáticos de ganhos e impostos devidos.
8. Criptomoedas e tributação internacional
Quem investe em plataformas fora do Brasil também deve declarar no IR 2025. Isso inclui:
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Contas em exchanges estrangeiras.
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Rendimentos de staking em protocolos internacionais.
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Ativos armazenados em carteiras fora do país.
📌 A Receita Federal exige que todos os ativos de brasileiros sejam informados, independentemente da localização.
9. Dicas finais para não errar
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Guarde todos os comprovantes de compra e venda.
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Mantenha um controle mensal das operações.
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Pague DARFs dentro do prazo para evitar multas.
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Use software de gestão de criptoativos se operar com frequência.
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Procure um contador especializado em ativos digitais se tiver dúvidas.
Conclusão
Declarar criptomoedas no Imposto de Renda 2025 pode parecer burocrático, mas é um passo fundamental para investir com tranquilidade.
Seguindo as regras, você evita problemas com a Receita Federal e garante que seus ganhos sejam reconhecidos legalmente. Afinal, não adianta lucrar em Bitcoin e altcoins se a qualquer momento você pode perder tudo por conta de uma fiscalização.
Com organização, ferramentas corretas e atenção às obrigações fiscais, você estará preparado para investir em criptomoedas de forma segura e dentro da lei.